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Casas contêineres são uma alternativa viável de arquitetura sustentável

Contêineres são usados, tradicionalmente, para transporte de carga. Mas, quando encerram seu tempo de vida útil, que leva entre oito e 20 anos, podem ser destinados para uma nova função e se transformar em espaço residencial. E com um detalhe: em comparação com casas de alvenaria, são mais sustentáveis e até 30% mais baratas.

A ideia de viver em um caixa de metal pode causar estranheza, especialmente em relação ao conforto térmico e auditivo e ao design do imóvel. Mas o potencial das casas contêineres pode ser animador. Veja a seguir as possibilidades do formato.

Diversidade

Em geral, os contêineres utilizados nos projetos de construção civil são grandes, com até 12 metros de comprimento e 2,5 metros de largura. Com o uso de steel frame, estruturas de aço galvanizado revestidas por placas, é possível unir vários e criar espaços e cômodos mais amplos, além de dar aparência de alvenaria ao imóvel.

Durante a construção, as caixas de metal são unidas como blocos de montar para formar a estrutura desenhada no projeto. Dessa forma, é possível construir diferentes tipos de imóveis, desde casas pequenas a apartamentos luxuosos – e até mesmo moradias itinerantes, já que são materiais mais fáceis de transportar.

Construção rápida e sustentável

Como não requer fundação, a instalação da estrutura metálica é mais simples e exige menos matéria-prima do que uma obra tradicional. A construção costuma ficar pronta em apenas dois ou três meses. Mas a durabilidade do prédio pode alcançar até 90 anos. O contêiner geralmente já é utilizado em seu formato original, mas se for necessário cortar alguma parte da estrutura, o que sobrar pode ser utilizado na produção de peças complementares da casa, como portas, por exemplo.

Isso torna a estruturação da residência contêiner sustentável em comparação às obras necessárias para erguer um imóvel de alvenaria. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a construção civil é apontada como o setor que mais consome recursos e utiliza energia de forma intensiva. E entre os impactos ao meio ambiente causados pelo segmento está a preocupante responsabilidade por 50% dos resíduos sólidos gerados em atividades humanas.

Conforto térmico é possível

A preocupação é real: de fato, o ambiente interno de uma casa contêiner pode ser muito quente. Caso o projeto seja mal executado, a habitação vira um forno. Para evitar que isso aconteça, a moradia é erguida com orientação contrária ao sol poente e são fechados os vãos que permitem a entrada de raios solares. 

O revestimento também precisa contar com a adequação para o uso humano, promovendo uma certa estabilidade da temperatura ou contando com suporte de equipamentos para regular o clima interno.

Isolamento acústico é desafio

São três os materiais mais comuns para a fabricação dos contêineres: aço, alumínio e fibras. Todos eles materiais barulhentos por si e que ecoam internamente os ruídos externos. Por isso, é fundamental investir em um bom revestimento. As alternativas mais comuns são a lã de pet, a lã de vidro, a lã de rocha, o isopor e as chapas de OSB.

Documentação semelhante ao de casas tradicionais

Para construir uma dessas unidades, é solicitada a mesma documentação dos imóveis de alvenaria. O proprietário deve entrar com pedido de aprovação da obra na prefeitura da cidade em que erguerá a estrutura. Esse processo é feito baseado no Código de Obras, que estabelece o que é permitido construir por regiões do município.

Seguir as regras municipais implica analisar o terreno em que a estrutura será montada, além de entender a logística para descarregar o contêiner no local. Aqui também entra o projeto da casa, com quantidade e dimensão dos cômodos para definir quantos blocos serão necessários e o limite para a área de construção permitida.


Fonte: Estado de São Paulo

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