O MITHUB divulgou hoje um relatório da Terracotta Ventures sobre a construção modular, mostrando o seu status no mundo e no Brasil. Em linha com o que temos apontado há alguns anos, o documento destaca uma movimentação financeira estruturada em direção à construção modular.
O documento aponta que 77 startups de construção modular receberam investimentos superiores a US$ 2,2 bi, desde 2010. Não é à toa que empresas como: Facebook, Google, Amazon e Autodesk estão no bloco destes investidores1.
A figura abaixo, mostra algumas das principais empresas investidoras na construção modular e as suas respectivas investidas.
Figura 1 – Algumas das principais empresas investidoras em construção modular e empresas investidas
Cabe uma observação importante a respeito deste quadro. As empresas investidas por estes gigantes mundiais apresentam soluções completas em construção modular. Este também foi o caso da Katerra, a maior construtech global em operação.
No Brasil, ao contrário disso, os investidores têm investido mais fortemente em startups proprietárias de softwares ou de aplicativos mobile destinados a “turbinar” uma parte de negócios tradicionais do setor de Arquitetura, Engenharia e Construção (AEC). Ainda que nestes casos, os investimentos sejam mais modestos e os riscos, portanto, menores, eles não representam soluções completas.
Claramente a tese de empresas como Google, Facebook, Amazon e Autodesk é que investimentos que de fato impactem amplamente no modelo de negócio, em todo o ciclo de vida dos empreendimentos e na “Jornada do Cliente”, têm maior potencial para se constituir em uma solução robusta e de alto impacto, para a transformação da construção em uma indústria moderna e eficaz.
A construção modular dobrou de tamanho nos últimos 5 anos. Trata-se de uma solução para os problemas da construção tradicional: previsibilidade de preços e prazos, rapidez, qualidade e desempenho incomparáveis e ainda, maior sustentabilidade.
O BIM inseriu a construção na era digital e é uma das tecnologias exploradas pela construção modular, que também possui forte embasamento nas áreas de conhecimento de pré-construção e fast-construction (tese que tenho defendido), bem como nas ferramentas que ambas exploram. A construção modular também se apropriou das diversas tecnologias e inovações oferecidas pela digitalização, em processos, produtos e produtividade, rumo à indústria 4.0.
Vale a pena conferir o conteúdo do relatório, através desse link.
1A ARATAU Construção Modular é uma startup com tese robusta e inovação disruptiva no modelo do negócio e na Jornada do Cliente (pedido de patente protocolado junto ao INPI).