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Pessoas são a base das concreteiras: Quer entender sua equipe? Conviva com ela

Ao assumir a liderança de uma equipe na empresa ou em um projeto, cabe analisar quão além do ambiente de trabalho você está disposto a ir.

Empatia é um ótimo começo, um pré-requisito. Participar do dia a dia de seus colaboradores e, por que não fazer de alguns deles seus amigos?! Saber sobre sua família, nome dos filhos, como foi o fim de semana, causará, desde que feito com genuína intenção, um efeito positivo e um comprometimento natural de todo o time.

Quando sentimos que fazemos parte de algo, que somos relevantes para aquela ação ou projeto e somos importantes para atingir os resultados, agimos de forma espontânea, fazemos porque queremos. O colaborador não se sente apenas uma engrenagem em um sistema. Sente-se útil.

Já em relação a equipe, ela se auto monitora. Uma equipe unida, que compartilha mais que os momentos de trabalho, segue de forma mais compacta, está blindada. E se esse entrosamento se ramifica para todo o grupo, os ganhos são representativos.

Recordo-me um momento em meu trabalho, frente a minha equipe. O negócio era fornecimento de concreto usinado através dos caminhões betoneiras. E o atendimento não estava bom. Clientes alegavam coisas que não conseguíamos confirmar, as informações estavam desencontradas. O departamento comercial em guerra com a operação que, por sua vez, defendia-se apontando a logística e a programação.

Decidi que nos reuniríamostodos os dias no escritório, no centro, às 17 horas. Operação, comercial, logística, departamento técnico, a equipe completa, sem exceção. A reunião seria para que escolhêssemos em que obra cada um estaria no dia seguinte, no máximo até às 7 horas  – quando iniciava o fornecimento de concreto às obras – para identificar o que estava ocorrendo, por que os clientes estavam reclamando, onde estávamos falhando etc. E então, à tarde, voltaríamos a nos reunir para ouvir cada um e se reprogramar para o dia seguinte.

Sugeri que esta ação não seria para sempre, mas por 20 dias, até que melhorássemos. Porque demandaria um esforço grande de cada um para comparecer à uma obra naquele horário. Concordaram e assim iniciamos o ciclo.

Misturamos comerciais, gerentes operacionais, coordenadores, todos.

Trocamos a carteira dos vendedores para que não fossem em clientes “parceiros”, muito conhecidos, a fim de evitar que houvesse distorção dos fatos. E fomos a campo.

Após algumas reuniões, resultados começaram a aparecer. Mas o ponto que quero destacar é o seguinte: Em uma das reuniões da tarde, em que eu solicitava um a um que relatasse o que havia visto, ações que havia tomado, um dos comerciais, ao chegar sua vez, desculpou-se e disse que não compareceu à obra naquela manhã. Olhares um tanto quanto incrédulos, mas ok. Eu já ia seguir, quando um coordenador interrompeu e o questionou:

– Por que você não foi?

– Ah, tive problemas com minha filha, precisei levá-la à escola.

Percebi que não aceitaram muito bem os argumentos, mas seguimos em frente.

O problema é que isso se repetiu no dia seguinte. Ele não foi. Mas na reunião, disse que havia ido! No entanto já estavam de olho nele (a equipe, não eu) e o desmentiram na frente de todos. Novas desculpas mas desta vez ouviu-se um:

– Por que você acha que pode descumprir o que combinamos? Eu alterei toda minha logística para ir às obras.

E outros argumentaram juntos e lhe deram uma chamada daquelas. Eu fiquei satisfeito, pois o puxão de orelha não partiu do chefe. Eles haviam entendido, ao menos para aquela iniciativa, o que significava trabalhar em equipe, comprometimento, assumir compromissos. E revertemos a situação. O tal vendedor não faltou mais e nosso indicador de atendimento melhorou alguns significativos pontos percentuais.

Quando se estabelece um objetivo claro e o envolvimento da equipe é pleno e consciente, todos sabem por que estão ali, o nível de comprometimento é alto suficiente para que exista automonitoramento entre seus integrantes.

Às vezes como líder precisamos tomar decisões que afetam a vida pessoal dos colaboradores e precisamos fazer isso da forma mais humana e empática possível. Demonstrar interesse genuíno pelos colaboradores e suas vidas é essencial para aprender a lidar com suas fraquezas e a enaltecer suas forças.

Dentro de uma equipe é difícil equiparar o comprometimento dos funcionários, como você lida ou lidaria com essa situação? E quando os conflitos pessoais dos integrantes da sua equipe afetam o desenvolvimento do time?

Conte-me se já teve uma situação parecida com você e como você a solucionou?

Vamos trocar ideias e experiências!

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